O 2008 está próximo
Eduardo Rocha
O 2008 está próximo

Compasso de espera

Prestes a chegar no Brasil, SUV da Peugeot é testado no Chile

com Hernando Calaza, enviado do Chile

Autocosmos.com/Argentina

Exclusivo no Brasil para Auto Press

Por muito tempo a produção do novo Peugeot 2008 na Argentina foi um segredo falado em voz alta. O novo SUV da marca francesa já está sendo montado na fábrica de El Palomar, na grande Buenos Aires, e tem previsão de chegar ao mercado em agosto. Mas desde já tem sido flagrado em estradas brasileiras e argentinas em testes dinâmicos, com mais ou menos camuflagem. Antes do lançamento, no entanto, o SUV compacto foi testado no Chile, onde chegou no ano passado já com a mais recente reestilização – atualização de meia-vida –, com a qual chegará por aqui.

Obviamente haverá mudanças entre a versão produzida na França e a feita em El Palomar. A começar pelo motor. Nosso veículo de teste era um turbodiesel e já é certo que por aqui ele vai ser animado pelo propulsor 1.0 de três cilindros GSE T200, como o usado em outros SUVs compactos da Stellantis, como o Fiat Pulse e o Citroën C3 Aircross. Há também a possibilidade de o 2008 ganhar uma versão esportiva GT, que seria então empurrada pela versão 1.3 de quatro cilindros da família GSE, o T270 – como o do Jeep Renegade .

Baseada na plataforma CMP – common modular platform – a mesma que o 208 usa, a segunda geração do SUV francês é maior que a versão hatch, especialmente no comprimento e na distância entre-eixos, que crescem 24,9 cm e 6,5 cm, com 4,30 metros e 2,61m, respectivamente. Na largura é 1,81 m e na altura, 1,55 m. As repercussões do aumento de medidas do 2008 em relação ao 208 são no interior e no porta-malas, mas não influencia esteticamente suas proporções, já que não ser tão alto lhe dá um porte mais de crossover urbano do que de um SUV aventureiro.

O 2008 é relativamente baixo e tem linhas bastante retas, que levam a perfis angulares. Na frente destaca-se a nova estética da marca que trocou as presas internas dos faróis por três garras de led no para-choque. A grelha é sem moldura o modelo traz o novo escudo e a tipografia renovada da marca. Curiosamente, na parte de trás, as luzes deixam de lado as garras verticais e passam para conjuntos de três placas de led sobrepostas em cada lado.

Internamente, o painel dessa nova geração do SUV do segmento B é praticamente idêntico ao do 208, incluindo tela, decorações, painel de instrumentos e até altura, não é muito mais alto do que o hatch – os 10 cm a mais de altura do 2008 em relação ao 208 refletem, em boa parte, a elevação da suspensão. Certamente a versão feita na Argentina terá a adaptação de custos típicos de mercados periféricos, como plásticos não emborrachados e central multimídia igual à do 208, U-Connect.

Não sendo muito mais alto que o 208, o crossover não parece tão grande por dentro, mas graças ao entre-eixos alongado, há de fato mais espaço nos bancos traseiros, um dos pontos mais fracos do hatch. Curiosamente, não há saídas de ar centrais direcionadas para os assentos traseiros. O porta-malas do 2008 não é particularmente grande, com 405 litros. A versão francesa testada tinha um piso de bandeja com duas alturas, que esconde uma roda sobressalente temporária.

Impressões ao dirigir

Dinâmica familiar

O trajeto de avaliação do novo 2008 incluiu centenas de quilômetros aproveitando as estradas de montanha chilenas e o centro de Santiago. Uma vez no habitáculo, é simples encontrar a melhor e mais confortável posição para conduzir. Nessa versão de topo, GT, o 2008 traz todos os ajustes de assento e volante, que é muito pequeno, como manda o i-Cockpit da marca. Assim como no Volkswagen Nivus, que deriva do Polo, aqui também não se sente uma ótima experiência de SUV. O motorista fica apenas um pouco mais alto do que em um hatch.

Esse contato não teve como objetivo avaliar motor e câmbio, pois a versão turbodiesel de 130 cv e câmbio automático de oito marchas não virá de forma alguma para o Brasil. Por aqui, o trem de força será certamente o GSE 1.0 Turbo T200 flex, de 125/130 cv e 20,4 kgfm com câmbio CVT. Há ainda a possibilidade de ser aplicada a versão 1.3 aspirada nas versões de entrada, com 98/107 cv e 13,2/13,7 kgfm e câmbios manuais ou CVT. Na outra ponta, uma possível versão GT poderia se valer da versão 1.3 Turbo T270 flex, de 180/185 cv com 27,5 kgfm, com câmbio automático.

A parte dinâmica do 2008 é muito boa e bem semelhante à que o hatch 208 apresenta. O SUV reage bem aos comandos do motorista com refinamento e velocidade, o que resulta em um manuseio divertido. As suspensões não são muito duras, mas por ser uma versão GT, o perfil baixo dos pneus faz com que não filtre adequadamente as vibrações ao andar em ruas quebradas.

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